quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

MATÉRIA EXÓTICA

Uma das propriedadas mais exóticas da Teoria Quântica, a saber, é a "flutuação do vácuo".

Chamamos de flutuação ou polarização do vácuo ao fenômeno de criação e aniquilação de pares virtuais de partícula-anti-partícula. Tais pares são chamados de virtuais pois são criados e aniquilados com tal rapidez que não podem ser observados em laboratório não importa quão eficiente sejam seus aparelhos. Apesar disso sua ``existência'' se manifesta indiretamente em vários fenômenos. O que nos interessa aqui é que é possível perturbar tal vácuo pela introdução, por exemplo, de placas metálicas no espaço vazio. Como conseqüência o vácuo pode assumir certas propriedades exóticas como DENSIDADE DE ENERGIA NEGATIVA!

Segundo especulações, esta seria uma das condições necessárias para se obter as imaginadas "viagens no tempo".

NOTA: "Em 1948 o físico neerlandês Hendrik B. G. Casimir, dos Laboratórios de Pesquisa Philips, previu que duas placas metálicas paralelas descarregadas são sujeitas a uma força tendente a aproximá-las. Esta força somente é mensurável quando a distância entre as duas placas é extremamente pequena, da ordem de (apenas) vários diâmetros atômicos. Esta atração é chamada o Efeito Casimir. Ela é relacionada à Força de Van der Walls.
O efeito Casimir é causado pelo fato de que o espaço vazio é tomado por flutuações do vácuo, pares de partículas virtuais-antipartículas virtuais que continuamente se formam do nada e tornam ao nada um instante depois. O espaço entre as duas placas restringe o alcance dos comprimentos de onda possíveis para estas partículas virtuais e então poucas delas estão presentes dentro desse espaço. Como resultado, há uma menor densidade de energia entre as duas placas do que no espaço aberto; em essência, há menos partículas entre as placas que do outro lado delas, criando uma diferença de pressão que alguns erroneamente chamam energia negativa mas que realmente não é senão devido a uma maior pressão fora das placas que entre elas, o que as empurra uma contra a outra."


O estudo seguinte discorre magistralmente sobre o assunto:

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VELOCIDADE DE DOBRA
Matéria Exótica: A Tecnologia Possível para a Velocidade de Dobra

Por Bryce Burchett & Chris C. Stephenson

A velocidade de dobra tem sido por muito tempo um artifício das aventuras de ficção científica. Um Dispositivo mágico "deformando o espaço" e impulsionando as fantásticas naves de filmes e seriados como Jornada nas Estrelas a velocidades muito mais rápidas que a velocidade da luz.
A maioria dos cientistas ridicularizou à idéia de viajar mais rapidamente que a velocidade da luz e consideraram isto como uma impossibilidade absoluta. Estes céticos se fundamentaram em uma teoria cientifica muito poderosa e que, ao longo deste século, tem resistido a todos as provas: A Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein. Um dos conceitos básicos desta teoria é que nenhum objeto físico deste universo pode viajar a uma velocidade maior que a velocidade da luz ou seja, nenhum objeto pode viajar a uma velocidade maior que 300.000 km/s (aproximadamente). Mas, sem dúvida, o conceito mais importante da Teoria da Relatividade é a famosa afirmação da "equivalência entre massa e energia", expressa através da equação E=mc2. Essa fascinante fórmula nos diz que, devido a relatividade, a massa de um corpo aumenta quanto mais rapidamente este se mover. Desse modo, o corpo ganha energia cinética (a energia de movimento) que é diretamente proporcional a massa do corpo e ao quadrado de sua velocidade. Como o aumento da massa acarreta um aumento da energia, fica fácil perceber que a massa está relacionada à energia e, logicamente, a energia a massa. Ambas são equivalentes! Assim, quanto mais um objeto se aproxima da velocidade da luz, mais e mais massa (ou seu equivalente em energia) será necessário para aumentar a velocidade do objeto, crescendo geometricamente de tal modo que no limite da velocidade da luz tende ao infinito.
Para qualquer viajante a bordo de uma nave espacial que viaja perto da velocidade de luz, o tempo fora da nave pareceria passar mais rapidamente, enquanto que para os passageiros dentro da nave o tempo passaria mais lentamente. Este efeito é ilustrado melhor no " Paradoxo dos Gêmeos" onde um gêmeo viaja para uma estrela com velocidade próximo da velocidade da luz e o outro gêmeo permanece na Terra. Quando o gêmeo que estava viajando retorna para a Terra, ele encontra o seu irmão gêmeo muito mais envelhecido, comparado consigo. Esse efeito não usual é conseqüência da "dilatação temporal de Einstein" que acontece com corpos que viajam a velocidades próximas da velocidade da luz.
Assim, a existência de um limite de velocidade define a relação temporal de eventos, em outras palavras, podemos dizer estritamente que define a relação entre causa e efeito. Viajar mais rapidamente que luz, caso fosse possível, poderia resultar em todos os tipos de paradoxos causais; eventos que parecem preceder causas. Um desses paradoxos famosos encontrados na ficção científica diz respeito a possibilidade de voltar no tempo e matar um dos seus pais antes de você ter nascido. Caso isto acontecesse, então você deixaria de existir. Mas se você não existe não poderia ter voltado no tempo e matado seu pai ou sua mãe. Mas se você não matou seu pai ou sua mãe, você não poderia ter deixado de existir!!!
Porém, existe um físico que pensa ter achado um modo para evitar este limite universal de velocidade, que poderá tornar real a possibilidade de uma viagem a "velocidade de dobra", que, mais uma vez, poderá tornar real a ficção científica de hoje. No futuro, o físico mexicano Miguel Alcubierre, que se doutorou na Universidade de Cardiff em Gales, Inglaterra, será reconhecido como o cientista que tornou possível está conquista de nossa ciência. Alcubierre, parece ter achado uma brecha na Teoria de Relatividade Geral de Albert Einstein, que permite este tipo de viagem mais rápido que a velocidade da luz. De acordo com Relatividade Geral, o espaço não é uma entidade estática, além disso, a conjunção espaço e tempo forma uma "estrutura quadridimensional", uma " entidade dinâmica " que pode ser torcida e deformada por concentrações de massa e energia.
De acordo com a teoria de Alcubierre, seria possível gerar uma distorção deste "continuum espaço-tempo", seria possível criar uma dobra espacial, usando algo chamado "massa exótica", na frente e atrás de um objeto que então seria impulsionado a velocidades mais rápidas que luz. Mais especificamente, o "espaço-tempo" na frente do objeto é contraído e se expande atrás dele, criando o " campo de dobra" no qual o objeto poderia viajar semelhantemente a um surfista em uma onda, onde a velocidade local é menor que a velocidade da luz. Mas, globalmente, não existiria nenhum limite de velocidade. A própria astronave necessariamente não estaria acelerando e, portanto, não sofreria nenhuma dilatação temporal.
Matéria exótica é uma forma hipotética de matéria (prevista na Teoria do Universo Inflacionário) que tem uma "densidade de energia negativa". Em outras palavras, cria um tipo de pressão negativa ao seu redor, repelindo a gravidade. (A existência de densidades de energia negativas, foi provado em experiências de laboratório).
De acordo com as equações de Alcubierre, não haveria nenhum dos efeitos de dilatação de tempo experimentados por astronautas que viajam perto de velocidade de luz em espaço normal. E a nave poderia reduzir a velocidade ou acelerar tão rápido quanto seus pilotos desejassem, sem o medo de serem reduzidos à mesma consistência de uma geléia pelas forças inerciais. Os astronautas teriam aceleração zero em relação ao espaço ao redor deles dentro do "campo de dobra". No entanto, lembre-se que tudo isto depende da improvável existência de matéria exótica. Ela pode muito bem não existir. E, caso possa existir, ainda restaria a pergunta: Como se poderia criar e controlar este tipo de matéria?
Estas questões fazem muitos cientistas considerarem a teoria de Alcubierre como nada além de uma abstração matemática interessante, (e certamente não é uma prova absoluta que viagem mais rápido que a luz seja possível). Porém, o fato mais importante aqui é que ATÉ a teoria de Alcubierre, a possibilidade de viagem mais rápido que a luz eram consideradas completamente impossíveis. Agora, uma porta pode ter sido aberta, uma porta suficientemente grande para que o homem e suas futuras naves possam se aventurar na realização de um sonho impossível. Ou seja, superar a velocidade da luz e se aventurar aos confins do Universo. Mas, se realmente esta porta conduz a algum lugar, somente uma outra geração de físicos poderá dizer!
Convém lembrar que, do mesmo modo que pode estar acontecendo com esta nova teoria, muitos dos objetos que hoje fazem parte de nosso dia a dia, já fizeram parte das histórias (ou estórias) de ficção científica. Robôs, computadores, televisão, a educação com o emprego de computadores, a aldeia global, clones, transplantes, a engenharia genética, a exploração do espaço próximo da Terra, estações espaciais, buracos negros, etc... não passavam de ficção para os nossos antepassados. Muitos cientistas no início deste século chegaram a afirmar que era impossível ao homem ir a Lua. No entanto, esta viagem já pode ser realizada com facilidade em nossos dias. Assim, a velocidade de dobra, que para muitos não passava (ou passa) de uma tola ficção, hoje já é aceita por muitos como algo realizável. Como dissemos acima, já existe uma brecha que algum dia poderá tornar estas viagens uma possibilidade real.
Bem, se a nova Teoria de Alcubierre diz que no futuro existe uma possibilidade real da humanidade empreender viagens através do Universo, certamente dentre as várias civilizações mais adiantadas que a nossa que provavelmente devem existir somente em nossa galáxia, algumas já devem ter alcançado um estágio científico capaz de tornar possível a Tecnologia para a Velocidade de Dobra. Assim, é possível que tenham chegado ao nosso planeta e estejam nos estudando. O importante é que a Teoria de Alcubierre, contrariando todos os céticos e seus argumentos, pode tornar os UFOs um acontecimento REAL!"

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